Foi o nosso último dia, daquela que era a aventura mais intensa até agora da minha vida.
Estivemos enroscados quase toda a manhã na cama. Lá fora chovia! Estava silêncio absoluto. Ele aperta-me ainda mais e eu tremi. Como é possível! Só dele se encostar a mim, eu já estar assim excitada! Como é possível passarmos estes dias a foder que nem coelhos e adorar cada segundo! — Paulo não faças isso, que já sabes que não me aguento durante muito tempo! — Disse baixinho durante o abraço apertado!
— Sei! Já eu não “duro” mais com o teu corpo encostado ao meu!
Rimo-nos e apertámo-nos ainda mais. Beijámo-nos. Ele era tão carinhoso comigo como era tarado. Adoro isso nele. Beijou-me o pescoço por trás, ele sabia muito bem o que fazia comigo. Começou a despir-me devagar e a tirar também a roupa dele. E assim ficámos mais alguns segundos a testar o corpo de cada um.
— Quero-te, agora! Tu queres? — Claro que eu quero. Quero tudo contigo. Em todos os lugares.
— Laura, o teu corpo é uma excitação pura, sabias!
— O teu é que é! — Retribui o elogio.
Ele começou a beijar a minha boca com carinho. Já eu retribuo tudo. Beijou o meu pescoço. As mãos passeavam no meu corpo. Aquele homem por cima de mim era tudo o que eu mais queria. Senti um arrepio, quando ele começou a beijar os meus seios. Primeiro um. Depois o outro. Mordiscou-me os mamilos. Eu. Eu contorci-me de prazer quando senti os seus dedos em mim. Ele brincou dentro de mim com a boca nos meus seios. Tirou os dedos e olhou-me nos olhos. Desta vez foi ele que sugou cada um deles. Um por um.
— Deliciosa!
Nisto, desceu devagar e com a língua quente, macia e ágil, invadiu cada pedacinho de mim. Sem qualquer pudor de me comer com a boca. De sugar-me, de chupar-me.
— És tudo para mim! — Disse-me baixinho.
Virou-me para baixo, beijou-me a nuca, e deslizou as mãos nas minhas costas seguindo com a boca o mesmo caminho. Beijou-me o rabo e eu rebolei nele. Posicionou-se atrás de mim e senti o que tanto queria. Ele invade-me com um carinho inexplicável. Senti-o lentamente perder-se dentro de mim.
— Quero-te tanto Paulo! — Disse a gemer.
Sensualmente comecei a rebolar nele e juntos, começámos num vai e vem repleto de excitação. Com uma mão na minha cintura e a outra no ombro ele levou-me para dentro dele. Senti-o todo dentro de mim e fui a loucura. 2 orgasmos só naquele momento.
Decidi ser a altura certa de assumir o momento e deitei-o. Encaixei-me sensualmente nele e fiz como ele fez. Com as mãos dele presas pelas minhas, bem encaixada nele, controlei a penetração e as contrações, a cada centímetro e ele tremeu de tesão. Ele gemeu alto e disse adorar o meu calor, a minha pressão nele. A cada provocação, senti-o grande e duro. Subi ao ponto de quase sair de mim e voltei a descer de uma vez. Ele ficou louco.
— Meu deus, Lau! Estás inspirada hoje. Assim vou ficar viciado em ti e vou querer comer-te a toda a hora!
— É essa a ideia, meu amor. Quero-te todinho sempre que me quiseres. — Disse-lhe baixinho ao ouvido, seguido de uma lambidela sensual.
Só parei de mexer-me assim que me vim novamente. Beijei-o na boca e ele pediu-me para ficar de pé na beira da cama. Nesta posição ele encaixou-se entre as minhas pernas e senti toda a sua masculinidade. Ele fodeu-me de uma só vez. Pegou-me com firmeza com as duas mãos e puxou-me para ele. Eu brinquei com os meus mamilos. Estávamos os dois suados e ele não parou. Mas o melhor aconteceu. Gozámos juntos. Dentro um do outro. 4 orgasmos em minutos. Estávamos moles. Subimos para a cama. Abraçámo-nos e eu enchi-o de beijos. As nossas bocas combinam.
Recebi uma mensagem no telemóvel. Estiquei o braço e agarrei no telefone. Lemos juntos a mensagem. Era o Fred: “Como estás? Nunca mais disseste nada! Tenho saudades tuas e do teu cheiro! Diz algo!”
Fiquei incomodada, claro! O Paulo não disse nada e ficou um silêncio estranho. Pousei o telefone. Deitei-me em cima dele, olhei-o nos olhos.
— Sabes que isto é passado não sabes?
Não me respondeu.
— É normal que ainda me continue a enviar mensagens, ele não sabe que tu existes. Que nós existimos os dois!
— E vais contar-lhe?
— Claro que sim! Vou acabar com isto que temos, ele é meu cliente, não vou conseguir acabar totalmente! Mas em relação a partilharmos tudo e ao sexo, para mim, está acabado desde o momento em que estou contigo!
Ele deu finalmente um sorriso e puxou-me para ele!
— Espero bem que sim! Tu és minha e só minha! Minha para sempre!
— Ai é? Conta-me mais?
— Conto-te quando o mereceres! — Disse a rir.
— Ahhh, achas que ainda não mereço é isso?
— Noop!
Decidimos nos levantar e arrumar as coisas para seguir em direção a casa.
O dia estava acabar, e eu não queria nada sair dali! Por mim, vivia bem assim, só eu, ele, a natureza, comida e sexo, muito sexo, sexo do bom com ele! Só com ele!
Ai Laura, que estás mesmo apaixonada!
…
Chegámos já de noite a Lisboa, ainda passámos na herdade para deixar a caravana e buscar o carro dele.
Parou à porta da minha casa para me deixar! Mas foi difícil sair do carro! Beijámo-nos, como se não nos víssemos à anos.
— Vou ter saudades tuas! — Disse-lhe.
— E eu tuas! Falamos amanhã?
— Claro, liga-me quando acordares!
— Claro que sim!
Sai do carro e subi.
Era estranho estar ali sozinha. Nem Joana, nem Paulo e nem o Fred. Estava sozinha!
Decidi arriscar e responder à mensagem do Fred. “Está tudo bem! Estive fora no fim de semana. Também tenho saudades, mas precisamos falar.”. ENVIAR.
Não foi necessário esperar muito, logo de seguida recebi a resposta. Sempre atento este homem. “Quando e onde?”. Não queria atrasar muito esta conversa, sei que depois não iria ter coragem e então respondi, “Estou em casa, queres passar por cá?”, “Uns minutos e estou aí!”, “Combinado, até já!”
Foi mesmo uns minutos e num piscar de olhos a campainha tocou! Nem foi preciso falar no intercomunicador e abri logo a porta! Esperei-o à porta!
— Então princesa, à quanto tempo! — Disse agarrando-me na cintura.
Tentei afastar-me, mas não foi o suficiente e beijámo-nos! Não acredito que estou a fazer isto! Mas o perfume dele, transformava-me!
— Calma, temos mesmo de falar!
— Ui! É sério pelo que já percebi! Aconteceu alguma coisa, conta-me tudo!
Sentou-se no sofá e aguardou que eu abrisse a boca.
— Bom, nem sei como te contar isto. Mas é muito importante para mim, partilha-lo contigo!
— Bom já percebi, posso abrir um vinho, já que isto é sério!
— Sim, claro, bebo contigo.
— Perfeito
Ele foi à cozinha, escolheu o vinho e regressou com os dois copos e sentou-se ao meu lado.
— Vamos, conta-me então o que se passa!
— Então, bem…
— Desembucha! Estás nervosa!
Dou dois golos no vinho e arranco.
— Bem, tem sido ótimo conhecer-te. Adoro estar contigo e adoro as nossas conversas. Foste realmente uma agradável surpresa!
— Idem
— Espera… deixa-me acabar! Conheci uma pessoa! E acho que…
— Ótimo, parabéns! Achas o quê?
— Acho que a coisa está séria! E ele não gosta muito de saber que ainda me envias mensagens e que tens saudades minhas, etc. etc. sabes o que quero dizer!
— Sim, ok! Isso quer dizer que tenho de deixar de falar contigo? Laura, somos amigos, sabes bem disso!
— Sim, somos amigos, mas também sabes que à mais que amizade!
— Estás a falar do sexo? Do ótimo sexo que já fizemos! — Disse a mexer numa mecha do meu cabelo.
— Fred, por favor, não compliques isto!
— Laura, não estou a complicar nada! Não à nada para complicar! Ele é ciumento, tudo bem!
— Eu gosto disto que tenho contigo. Não temos compromisso algum, não devemos nada um ao outro. Mas com ele é diferente!
— Estives-te com ele hoje?
— Tenho estado com ele todos os dias, e desde quinta que fomos os dois para fora. Regressamos hoje!
— Foi bom?
— Muito bom!
— O sexo é bom?
— É diferente. Não é sexo!
— Laura, sexo é sexo!
— Sim, mas não é o mesmo que tivemos os dois! é completamente diferente!
— Diferente em que?
— Não sei explicar, é diferente… apenas diferente!
— Queres que me afaste?
— Não claro que não, és meu amigo, mas não podemos ter mais nada, se é que me entendes?
— Claro! Mas já que estamos a ter uma conversa séria quero que saibas que desde que te conheci, não tenho estou com mais ninguém!
— Merda!
— Pois!
— Desculpa! Eu também não procurei, apenas aconteceu!
Ficamos em silêncio. Senti-o ferido… sei que estava! Desde que nos conhecemos que esteve sempre lá para mim!
— Posso dar-te um ultimo beijo — Perguntou-me aproximando-se.
O beijo foi longo e respeitoso. Não tentou apalpar-me e simplesmente abraçou-me. Trocámos um sorriso.
— Bom, acho que vou então!
— Vais já? Não queres acabar com a garrafa primeiro?
Eu queria que ele fosse, porque não queria entrar em tentação, mas com ele ali sabia que ia ser difícil. Ao mesmo tempo que queria que ele ficasse.
— Tudo bem! Vou buscar a garrafa então!
Aproveitei para ver o meu telefone, e ver se tinha alguma mensagem do Paulo. Estava de joelhos, com os cotovelos apoiados no assento do sofá e de costas para a porta. Quando voltou, colocou os copos no chão, ajoelhou-se atrás de mim e abraçou-me pela cintura. Deu-me beijos leves na orelha e na bochecha. Não, isto não podia estar a acontecer! Não posso! Voltei a pousar o telefone, agarrei-lhe nas mãos e perguntei-lhe num sussurro:
— O que estás a fazer?
— Queres que pare?
Hesitei! Mas, desviei o meu corpo para o lado e beijámo-nos novamente. Um beijo ainda mais longo que o primeiro, enquanto ele pressionava o meu corpo contra o dele. Olhamo-nos em silêncio, o vinho foi esquecido, e após a troca de olhares, voltamos a beijar-nos. Usei uma das minhas mãos para lhe segurar na nuca enquanto me apoiava no sofá com a outra. Ele estava agora com as duas mãos livres, e a primeira coisa que fez foi subi-las por cima da minha camisola e acariciar-me os peitos. Passando a acariciá-las por baixo. Senti-o duro contra mim e rebolei de leve. A intensidade do momento aumentou cada vez mais. Beijou o meu pescoço enquanto me levantava a camisola e me tirava o soutien. Os meus seios ficaram expostos e livres. Após nos acariciarmos durante um tempo, segurou-me nos cabelos e inclinou-me totalmente no sofá. Olhei para trás e sorri. Ele sorriu de volta enquanto baixava as calças. Agarrou-me nos pulsos e indicou o caminho das minhas mãos onde queria que o tocasse. Estava completamente duro. Não foi preciso dizer-me o que ele queria. Ainda na mesma posição, fez descer as minhas calças e desviou as minhas cuecas. Massajou-me com os dedos e penetrou-me com eles, em movimentos lentos enquanto os mexia dentro de mim. Antes de eu conseguir explodir, ele parou. Puxou-me para cima e sussurrou-me ao ouvido para tirar a roupa. Obedeci, enquanto o observava a tirar também a dele. Pegou-me na mão e levou-me para o quarto. Assim que entramos no quarto, ele atirou-me para cima da cama. Abriu a gaveta da mesa de cabeceira e tirou um preservativo. Após o colocar, deitou-se em cima de mim. Beijou-me e penetrou-me. O beijo conteve o gemido e as minhas pernas abraçaram-lhe a cintura. Os movimentos eram fortes e firmes, mas não muito rápidos. Entre os beijos gemia e ele aumentava a velocidade gradualmente. Depois de um tempo nesta posição, levantou-se, pegou nas minhas pernas e segurou-me pela cintura. Ergueu um pouco o meu corpo e continuou. De olhos fechados, eu deixava a excitação tomar conta do meu corpo e pedi-lhe para não parar. Ele gemeu também e anunciou que estava no limite, o que me excitou ainda mais e gozamos juntos.
Após um tempo deitados a recuperar o fôlego, levantei-me e fui à casa de banho. Ao espelho questiono-me do que estou a fazer à minha vida! Tomo um duche e quando regresso ao quarto, ele ainda estava deitado na cama, nu. Sentei-me ao lado dele e conversamos e concordamos em deixar o que tinha acabado de acontecer entre nós. Prometemos não contar a ninguém do nosso grupo de amigos. Voltei a levantar-me e fui ao armário escolher uma roupa leve, já que não ia sair mais de casa.
Durante o tempo em que me estava vestir, ele olhava-me. Quando me voltei, ele estava já duro novamente. Perguntou-me se podíamos repetir antes de ir embora. Por mais que eu quisesse, recusei a oferta. Ele levantou-se, seguiu para a casa de banho e tomou um duche. Sai do quarto com o sentimento horrível. Será que não o ia ver mais?! Não quero deixar de vê-lo, mas também não quero que volte a acontecer. Quero comprometer-me comigo própria e não quero enganar o Paulo. Não merece. O Fred apareceu na sala, deu-me um beijo e disse:
— Espero não ser a última vez que te vejo, mas para que saibas, valeu cada segundo! Adoro-te miúda! — Piscou-me olho e saiu.
Eu? Eu fiquei em silêncio, vê-lo sair.
Copyright © 2023 de Filipa Cipriano Todos os direitos reservados. Este blog ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido ou usado de forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor, exceto pelo uso de citações breves.

0 comments