Saí do chuveiro enrolada numa toalha minúscula. A toalha macia envolvia o meu corpo deixando as minhas coxas á mostra. Na caravana atirei a toalha para cima da cama e abri a mochila á procura do que vestir. Escolhi uma cueca preta e vesti, desapareceram logo para dentro do meu rabo. Escolhi uma long-sleeve, que estava justa ao corpo, e deixava transparecer bem o meu peito grande, decidi não usar soutien. Escolhi umas calças de ganga e abri o armário para me ver ao espelho. Virei-me de costas para ver se me ficavam bem. Tenho o corpo em forma, mas não sou nenhuma modelo. Uns quilos a mais, mas não acho que fique completamente feia. Uma coisa é certa, com tanto sexo que tenho vindo a fazer desde o inicio do ano, tenho andado mais tonificada! Ri e continuei o processo de me arranjar, afinal quero estar quentinha, mas também queria estar sexy para o meu “corredor”!
O Paulo tinha ido dar uma corrida bem cedo e ainda não tinha regressado! Preparei o pequeno almoço e sentei-me ao sol a ler um livro e a tomar o meu café.
Senti uma respiração atrás de mim, ao meu ouvido:
— Cheirosa, fizeste café a contar comigo?
— humm, claro que sim!
— Ótimo, venho já
Ele desapareceu dentro da caravana uns minutos, para logo a seguir aparecer já lavado e cheiroso com o seu café na mão e sentou-se ao meu lado!
— Disseste aos teus pais onde vinhas?
— Não!
— Não achas que devias avisar? Devem estar preocupados!
— Mais logo ligo.
— OK. Mais logo também ligo a minha irmã para saber como está tudo! Já viste que já está a haver imensos casos de covid?
— Já percebi, e está a assustar-me um bocado!
— Sim é assustador, mas vais correr tudo bem!
— Gosto desse teu positivismo em tudo! Ainda bem que estamos longe da cidade, nem quero pensar como estará por lá!
— Não vamos pensar nisso, e vamos aproveitar estes dias para nós, o que achas?
— O que tens em mente?
— Vamos dar uma volta?
Levantamo-nos, atiramos as cadeiras e a mesa para dentro da caravana e vestimos os casacos! Seguimos em direção a um lago que havia ali perto! Pelo caminho falamos de varias coisas! Era muito fácil arranjar assunto com ele. Não havia tabus. Até do que gostávamos no sexo falávamos abertamente.
Chegando ao lago, sentamo-nos numa pedra e ficamos a apanhar sol! O dia estava fresco mas o sol estava bastante quente. Enroscada nos braços dele, pergunto-lhe:
— O que te fez olhar para mim? Não me conhecias. Nunca tinhas falado comigo! Mas disseste que a primeira vez que me tinhas visto, que não te sai da cabeça!! O que te despertou mais interesse?
— Nem sei na realidade! Talvez tenha sido a tua energia, o teu sorriso, esse rabo! — Disse a rir e deu-me uma palmada no rabo — Não sei, mas algo me puxou a ti e a única maneira naquela altura que tinha de meter conversa contigo, foi perguntar-te as horas!
— hum, pois, sei!!
— E depois vi-te no concerto e tive a certeza que era uma sinal ali estares, sabes!!
— Eu nem queria acreditar que eras tu, ahaha!
— E tu, pensas-te em mim? Despertei-te, algum interesse!
— Sim, claro que sim, um homem bonito como tu! Cheio de estilo! Simples, mas cheio de estilo!
Ele ri-se, dá-me um beijo e volta a abraçar-me.
— Depois que falei contigo, que estive contigo naquela noite, só pensei que não queria perder o contacto! E aqui estamos! Aquela nossa primeira noite foi difícil de esquecer!
— Se foi!!
Decidimos regressar, a fome estava a apertar.
Enquanto improvisava algo para o nosso almoço, ele sentou-se la fora a tocar guitarra! Parecia realmente um sonho!! Tantos romances que vi, que nunca pensei em viver algo tão parecido! Eu estava só de camisola de lã larga e cuequinha, aquele sol tinha-me deixado cheia de calor e então enquanto cozinhava pus-me a vontade. Também não havia ninguém a nossa volta para nos chatear. Sou daquelas que enquanto cozinha, liga a música e canta, esquecendo o resto do mundo! Naquele caso, estava ligada á musica dele. Estava tão divertida a cantar que nem me apercebi que ele já tinha acabado de tocar e estava encostado na porta da caravana a olhar para mim.
Inclinei-me para tirar a salada do frigorifico minúsculo, e quando me volto a endireitar ouço:
— Estamos a cozinhar só de cuequinha? Gostas muito de me provocar não gostas? Essa comida deve estar deliciosa!
Antes mesmo de lhe responder, senti a palmada no meu rabo e puxou-me contra o corpo dele. Senti-o beijar o meu pescoço, e as mãos nos meus seios.
Agarrei-me ao pescoço dele e cravei levemente as unhas, aproximei a minha boca á sua orelha, para ele sentir a minha respiração e ouvir os meus gemidos ainda baixos. Esfreguei-me nele para sentir o quanto duro já estava.
Senti uma das mãos descer pelo corpo em direção ás minhas cuecas. Mal os dedos dele me tocaram, ele conseguiu perceber o quanto também já estava excitada. Começou a tocar-me, fazendo-me gemer mais alto e rebolar ainda mais forte sobre si! Estava tão, mas tão excitada que ouvi-lo dizer baixinho ao meu ouvido “adoro-te” foi demais e fez-me vir rapidamente.
Para tentar recuperar o fôlego, lambi cada um dos seus dedos e ele beijou-me!
Inclinei-me sobre o pequeno balcão da cozinha e olhei-o com a minha cara de sedutora:
— Vais comer-me agora?
O contacto dos meus mamilos sobre a bancada deixaram-me á flor da pele. Senti-o entrar em mim em câmara lenta. Estava intenso, senti-lo todo dentro de mim.
Ele sabia muito bem como me deixar louca. Puxou-me os cabelos, e eu fiquei arqueada para ele tirar e meter de novo, bem devagar.
— Queres mais?
— Quero, claro que quero!
— Então pede!
— Quero-te todo, como só tu sabes!
Ele meteu tudo e fez-me gritar de desejo. O barulho dos meus gritos, a respiração ofegante dele, as palmadas que me dava no rabo, dos nossos corpos a baterem um no outro, cada vez mais forte e acelerado. Estávamos já a suar. A caravana estava quente do sol. Prolongámos aquele momento até á exaustão dos nossos corpos. Foi tanto prazer que não aguentámos mais e gozámos os dois. Senti o corpo dele desfalecer sobre o meu e rimos juntos. Ainda estávamos inclinados sobre o balcão quando o meu telefone toca.
Ele olhou para o telefone e viu o nome do Fred.
Recompomo-nos. Olhei para ele, sem saber se devia atender ou não. Não quis estragar o momento e não atendi. Dei-lhe um beijo e acariciei lhe a face. Endireitei-lhe o cabelo longo e loiro que estava desgrenhado. Ele ajudou-me e voltou a prende-lo com o elástico.
— Vamos comer?
— Vamos!
Aproveitámos o que ainda restava de sol por ali, e comemos lá fora.
Ele pegou novamente na guitarra, e eu peguei no meu kobo para ler mais um bocado. O resto podia esperar.
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